Enjoda.com

Este sim deveria ser meu site oficial. O que também justificria meu sumiço deste blog. É que não tá dando mesmo, minha gente. Pensar, falar, escrever e provar comidas tá difícil. Mas fico na esperança que esta fase passe rapidamente.
Até breve,

Eu e meus 3 meses de bucho.

Rio Sol: o melhor tinto brasileiro?

O vinho Rio Sol foi escolhido o melhor tinto do Brasil pelo júri da Expovinis 2008. Produzido pela vitivinícola Santa Maria, no município de Lagoa Grande (Sertão do São Francisco), empatou na pontuação com o gaúcho Marson Gran Reserva, que custa quase o triplo do preço do Rio Sol e, ao meu paladar, é muito mais agradável.

Bem, não sou lá uma especialista em vinhos. Gosto de degustar e soltar opiniões no ar (que para leigos como eu, é muito confortável). Por isso, dou a palavra a Fabiana Gonçalves, jornalista pernambucana autora do http://www.escrivinhos.com/. Foi lá que peguei a notícia. Fabiana destrincha com mais propriedade as características dos dois rótulos concorrentes. Confira!

Comedoria de Mercado

Gente boa que adora uma comidinha sem frescura,

tá rolando na cidade o 2º Circuito Comedoria de Mercado. No guia de bares, estão cantinhos dos mercados da Encruzilhada, Madalena e Boa Vista. Eu, sem pensar duas vezes, encaro aventuras da dita baixa gastronomia feliz da vida. Como são mais de 40 opções, divididas nos três populares mercados, vou indicar aqui um de cada, sem medo de errar.

Mercado da Madalena

Bar do Arthur

Para o circuito, ele apresenta uma fava frita com carne de sol ou charque. O tempero dele é absurdo e, fritar a fava cozida, junto com a carne, é uma invenção pra lá de criativa. Se estiver com tempo, peça a costela bovina apimentada no bafo. O prato demora em torno de duas horas pra sair. Mas vale esperar. E como vale!

Mercado da Encruzilhada

Bragantino

Sabe aquela comidinha caseira fantástica? Tá lá, no Brangantino. Se quiser almoçar no lugar no sábado ou domingo, chegue cedo. A boemia aporta no local por volta das 10h30 e, ao meio-dia, todas as mesas jáestão ocupadas. Bolinhos de bacalhau e até mesmo o pescado ao molho de coco são ótimos. A sugestão da casa é Dobradinha à moda do Porto.

Mercado da Boa Vista

Bar do Batatinha

Costumo comer a galinha à cabidela como petisco. O sarapatel também é bom pacas. Mas para o festival, Batatinha oferece um Patinho com charque. Vou lá experimentar o prato esta semana, Deus queira. Adoro sentar embaixo daquelas árvores, ouvir um sambinha miúdo e bebericar uma cerveja gelada.

Satisfação aos cinco sentidos

À mesa, apesar de pouco explorados, há quatro sentidos que podem ser canais de prazer, tanto quanto àquele que passa pela boca. Aromas, texturas, sons e visuais que envolvem o momento degustativo fazem parte de um conjunto de sensações para uma inesquecível refeição. "Pensar, elaborar e consumir o alimento como algo sublime e que envolve todos os mecanismos de percepção", abrange a idéia a dupla Ana Aymar Wiethaeuper e Edgard Homem que produz amanhã e quinta-feira (com continuação nos mesmo dias da próxima semana) o festival Os cinco sentidos da gastronomia. Para atingir o objetivo de encantar comensais, a dupla recrutou cinco respeitáveis restaurantes: Chiwake, É, Ponte Nova, Wiella Bistrô e Maison do Bomfim. Todos aceitaram o desafio, acolheram o tema e, com criatividade, desenvolveram subtemas surpreendentes para o festival.

Wiella Bistrô
A festa de Babette, clássico do cinema e roteiro indispensável para qualquer gourmet, será recriado pelo talento do chef Claudemir Barros, do Wiella Bistrô. Dos quatro pratos que passaram pelo banquete mais famoso do cinema, apenas a sopa de tartaruga estará fora do menu. Um "probleminha" com o Ibama interferiu na composição, mas logo foi substituída por uma caldo de frutos do mar. Todos os pratos servidos no Wiella serão harmonizados por vinhos sugeridos pelo sommelier Otoniel Abílio. Tudo sob luzes e decoração que fazem referência direta à obra de Gabriel Axel.

Av. Domingos Ferreira, 1274, Boa Viagem. F: 3463-3108

Menu completo (com degustação de vinhos): R$ 150

Chiwake
Já o Chiwake, da restauratrice Manuella Lisboa e do chef Aníbal Fernandes, buscou inspiração na lenda de Viracocha - deus criador de toda cosmovisão andina. Além do menu, sempre muito bem elaborado e cuidado por Fernandes, o local será palco de uma encenação teatral, com roteiro e direção de Manoel Constantino. A cozinha do Chiwake investe em sabores "supremos", como da lula grelhada com camarão sobre risoto de aspargos grelhadas. O restaurante, ambientado especialmente para o festival, terá ainda a presença da chef Simone Bert, do peruano Wanchako (Maceió - AL).

Rua da Hora, 820, Espinheiro. F: 3221-1606

Menu completo (entrada, prato principal e sobremesa): R$ 120

Maison do Bomfim

Música, cheiros e decoração africanas tematizam os cinco sentidos do Maison do Bomfim, o único participante olindense. Jeff Colas, nascido em Gana (África Setentrional) apresenta a África dos contrastes, onde amalgama os produtos e temperos marcantes de seu continente de origem com técnicas da cozinha francesa. O resultado são pratos originais, intrigantes e imperdíveis.

Rua do Bonfim, 115, Carmo. F: 3429-1674

Menu completo: R$ 140 (duas entradas, dois pratos principais e harmonização de vinhos); R$ 90 (sem vinhos) e R$ 60 (com uma entrada, prato principal e sobremesa).

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O É, do chef Douglas Van Der Ley e o Ponte Nova, de Joca Pontes, apresentam seus menus na próxima semana. Douglas vai pelo desafiante subtema Monocromático, onde cada prato será de uma cor. Joca Pontes revive seus dias em Paris com La vie en Rose. Quando eles divulgares melhor o menu, posto aqui.

SERVIÇO
Festival os cinco sentidos da gastronomia
Quando: Dias 7 e 8 // 14 e 15 de maio (jantar, a partir das 20h)