segunda-feira, 27 de julho de 2009

Nem toda comida de shopping é igual

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Enquanto beberico uma cerveja ultra-mega-gelada, retirada a pouco do meu freezer, e aguardo o risoto com baby beef, palmitos e brócolis secar na panela de barro, lá vai:

Semana passada, recebi o convite para comparecer, quase como cobaia, ao segundo dia do Bistrô Couvert, aberto do shopping center Tacaruna(tb no Recife).
Antes toda cobaia fosse assim...

Como experimentar qualquer coisa sozinho é no mínimo sem graça, levei o amigo-cliente-maestro Forró. Entramos da fila, que tinha clima de novidade. Lá na frente, sempre de bom humor e muitíssimo educado, estava Fernando Torres, um dos sócios da casa. Confesso que assim que cheguei pensei: "Ai, achava que era um lugarzinho reservado, dentro do shopping...".

A expectativa "mais intimista" surgiu porque os outros negócios do grupo Couvert são bem ambientados, agradáveis(os Restaurantes Couvert e o Mercado 153 - este tb no Tacaruna, com espaço próprio e muito simpático). Aí, quando cheguei no Bistrô Couvert, morguei. "Putz, comida de shopping!".

Mas aí já tava lá, Fernando sorrindo, fome... Junção para pedir o prato. Fui de filé mignon (porque acho que o filé mostra bem o pique e competência de uma cozinha) e Forró foi de salmão, acompanhado por cuscuz paulista.
O meu estava uma delícia, mas, obviamente, roubei algumas garfadas do prato do companheiro de mesa e... amei! Tava bom demais!

Pratos com montagem valorizada, harmoniosos em sabores e muitíssimo em conta (em torno de R$ 15, 18).
Saí contente. Aliás, saímos. E, na escada rolante, encontrei Tavinho (amigo de churrascos, praia, caldinhos, ostras e irmão do compadre Rodrigo Lôbo).
Ele: "E aí, comesse lá no Bistrô?"
- Sim. Comi e gostei muito.
"Que ótimo!", disse ele empolgado, para depois soltar que era sócio do negócio.
"Oxe, já havia te dito, Aline. Mas já era a oitava cerveja e acho que tu esqueceu"...

Sim, Tavinho, esqueci. Mas a composição daquele Salmão com cuscuz paulista não vou esquecer nunquinha!
* Tomara que continue assim.
SERVIÇO
Bistrô Couvert
nos shoppings Tacaruna e Recife

terça-feira, 21 de julho de 2009

A pimenta de Dona Son

Tom já está com 7 anos e, a primeira vez que foi ao Burgogui, era um bebê,com dois anos, no máximo. Desde aquele tempo, se apaixou pela missoshiru do lugar - que lá não é chamada assim, à moda japonesa. É sopinha mesmo. E a melhor da cidade - feita com pasta de soja, com bastante tofu e cebolinho fresquinho, picado. Tom pega o arroz grudadinho e vai colocando dentro da sopa, aos poucos. Eu, como toda mãe que adora ver o filho bem alimentado, deliro.
Enquanto Tom vai na sopa, ataco o Bibim pab (acho que é assim que escreve!). Trata-se de um risoto coreano (R$ 18,90, para uma pessoa). O arroz vem arrumadinho, ao lado de legumes, shiitake, carne e depois tudo é misturado, na mesa mesmo, com ovo, óleo de gergelim e pimenta. Para acompanhar, kim chi, uma acelga bem picante, apurada com pimentão vermelho, cenoura e pimenta coreana. Simplesmente, delicioso!
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O prato "cartão de visita" da casa é o churrasco coreano, ou Burgogui. Mas experimente as outras poucas opções do cardápio, com sabores singulares!
As 'criações' tradicionais da culinária coreana são de Sonja Choi, ou Dona Son.
SERVIÇO
Na Rua Venezuela, transversal da rua da Hora (Espinheiro), na esquina do bode Entre Amigos.

Na foto, os acompanhamentos do Burgogui. Este vermelho é o kim chi.

sábado, 18 de julho de 2009

Sushi doce

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Não é aquele morango, manga ou goiabada...


É que na maioria dos rodízios de cozinha nipônica do Recife, os "sushimen" tacam um vinagre açucarado demais no arroz. A ideia, acredito, é que você enjoe logo e não dê prejuízo ao estabelecimento dentro dos R$ 20 pagos.

Hoje retornei ao Sushilogia, em Casa Forte, na secura de comida japonesa. Difícil sair satisfeita.

Ou será que estou muito amarga?

Sorvete massento

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Chegamos à Bacana, sorveteria da Praça Pedro Jorge, um clássico da vida olindense, e pedimos, cada um, uma casquinha com duas bolas. Crentes de que iríamos dar conta do desejo de resaborear, remomorar e gostar, um susto: o sorvete estava doce demais, massento demais e sem cremosidade.
Decepção.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Olinda, mar e boa comida

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Tem um lugar em Olinda, aberto a pouco mais de um ano, que considero um dos mais agradáveis recantos gastronômicos da linha Olinda-Recife. Coloco o Capitania no eixo do Recife, porque, sabemos bem, a cidade patrimônio não é lá tentadora para um diversidade de paladar.
Sociedade entre Ada Siqueira e o casal Lou e Jeff Colas - chef africano, mestre em cozinha francesa e delicado o suficiente para fazer delícias com qualquer ingrediente -, o Capitania Bar e Restaurante conta com um cardápio enxuto, com preços mais que justos e simplesmente deliciosos.
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Ontem fui por lá e me deliciei com o prato Piaba de Ouro (R$ 39, para duas pessoas). São frutos do mar feitos na chapa de ferro, que chega à mesa super quente e espalhando um bom aroma no ar. Servido com arroz branco. Camarões, lagosta, peixe e polvo perfeiros, cada qual no ponto perfeito de cozimento.
O chope estava geladíssimo e a brisa do mar exigiu um casaquinho.
A casa é decorada com bom gosto rústico e leva fotos de uma Olinda bem antiga, do tempo dos meu bisavós e avós. Um "luxo" de lugar.

SERVIÇO
Fica à beira mar, antes da área militar, na divisa entre Bairro Novo e Casa Caiada.

obs: As pizzas do Capitania seguem a linha da Maison do Bomfim, tb em Olinda e tb comandada por Jeff Colas. Finas, maravilhosas e baratas. O paninis tb são ótimos!

domingo, 5 de julho de 2009

Kibe de forno com gosto de família

Há tempos não passo por aqui. Não que tenha deixado de comer... Pelo contrário. Como todos os dias e no meio das refeições penso: "putz, vale um post no blog". Mas a vida nos prega incertezas e, uma delas, é a minha inspiração e disposição para escrever beiteirinhas por aqui. Gosto disso: a falta de obrigação.
Só presta se for com apetite, como agora.

Pois bem, dia desses o amigo de redação, jornalista querido, André Dib, presenteou os amigos com um quibe de forno. Receita da avó. Herança síria/ libanesa. Achei muito lindo ele me chamar na cozinha para oferecer o primeiro pedaço. Era um pedacinho de ternura de seu passado familiar.

Muito bom. Um pouco sem sal, mas nada que uma regada de sal com azeite não desse jeito, não foi Dibinho?

Depois, aquele tabule com folhas de hortelã inteiras por cima, deu um toque especial.

E foi assim: comida com gosto de casa e chope tirado na hora. Sim, Serginho, amigo alienígena, tem uma maquininha de chope caseira. Custa R$ 130 no Macro, já fiquei sabendo. Supinpa!