quarta-feira, 6 de maio de 2009

Café Porteño: capricho do papel ao filé

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Tô remoendo este post desde cedo. Normalmente fico assim quando quero escrever sobre algo que admiro. Fico juntando adjetivos positivos e acabo protelando até a última gota.

Pois bem. Ontem tive um almoço muitíssimo agradável regado por tacinhas de branco e rosè no Café Porteño, Espinheiro.

A casa comemora este mês dois anos de funcionamento e de um casamento muito massa, entre a criatividade do chef Leandro Ricardo e do capricho visual e de concepção da sócia-proprietária Bruna Oliveira.
Para quem ainda não conhece, o ambiente é aconchegante, pensado em cada detalhe. Pode atrair desde o meu pai, um cara mais tradicional, até eu mesma, que adoro me entornar em vinhos com ótimo custo benefício e me deliciar com um bom filé. No fim, a conta é honesta. Supreendentemente barata para quem faz farras gastronômicas nos recintos requintados da cidade e perfeita para mim, uma jornalista lisa, como a maioria dos colegas. Todos satisfeitos.
Pois bem. No almoço de ontem comemos pra caramba, claro! Leandro, ia mandando o garçom soltar os pratos enquanto perguntava aos jornalistas presentes na mesa quais os seus pratos de infância. Toda vez ele faz isso. Uma mania de comfort food danada! E eu adoro!
Flávia: bolinho de feijão, arroz e farinha amassados na mão pela avó e melados no molho de carne.
Eu: feijão preto da minha avó Nilda, com arroz carioca no alho e sardinha frita.
Diogo: Bacalhau, de muito
Do resto, não lembro...
Oxe, que oba, oba besta para entrar nos dez pratos novos do Café Porteño!!

Para pontuar, o Café Porteño nasceu da ideia de trazer ao Recife um pedacinho saboroso da Argentina. O primeiro cardápio que Leandro montou surgiu com referências da América Latina. No segundo, ele partiu para o México. Agora, ele traz um sotaque espanhol para as novas delícias.

Vamos lá!

De entrada, veio o Gambas al torrontés, que são camarões ao vinho branco e salsa barbacoa dentro do pão ciabatta crocante com batatas paysanne.



Também teve uma linguiça meio picante, envolta de massa folhada (que não estava muito crocante - porque, segundo os entendidos da mesa, é difícil dar o ponto ideal em massa folhada no nosso clima).

Prato principal: A maioria ficou com a La Playa e La huerta (R$ 21,90), uma opção light do cardápio com filé de peixe.

Outros pediram o Tournedor Faena (R$ 21,90) , um filé alto assado em crosta de parmesão crocante com tortila porteña. Experimentei um pouco do vizinho, mas achei o filé dele passado demais. Prefiro ao ponto, mas puxado para mal passado. A tortilha estava boa.


Eu e Bruna, a proprietária e designer (que por conta disso faz os releases mais caprichados visualmente desta cidade *) fomos de paella, batiza de Mariñera Pinzón. Porção para dois, por R$ 34,90. Estava gostosa, leve, mas ainda prefiro aquelas paellas bem condimentadas.
Por fim, docinhos para engodar sem culpa.

Um brinde e vida longa ao Café Porteño! Tim tim

SERVIÇO:
Rua da Hora, 712, Espinheiro.
domingo a sexta, das 12h às 23h e sábados das 16h às 23h.
Tem manobrista.
Tem também área externa (que começou como um simples quintal decorativo e agora é o espaço mais disputado nas noitadas do restaurante)
Sim! Tem também música ao vivo, com tango às terças-feiras.

* O restaurante foi premiado pelo 3º Salão Pernambuco design como Melhor Identidade Visual do estado!

Para todos os dias

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Sou fã incondicional de Hilda. Uma das melhores cozinheiras do Recife. Toda vez que vou ao pequeno restaurante na Boa Vista (que na verdade é a casa dela), tenho a sensação de que estou perdendo tempo na vida, por não comer aquela comida todos os dias.
Não sou nenhuma natubeba, macrô ou vegetariana, mas passaria muito bem pela vida se a única cozinheira do mundo fosse Hildinha.
Hoje estive lá na hora do almoço.
Comi: arroz integral com molho branco de peixe. O prato secundário tinha uma tortinha de jerimum, couve picadinha no alho e um cozinhado de bardana. A sopa era de milho verde. Um comidinha que tem gosto de amor.

Quem tiver curiosidade, aparece lá na Oliveira Lima. A casa tem muro verde e fica colada ao muro do Nóbrega.

Pequenas porções

Juro que não vou entrar na nóia que tanto me consumiu por anos: o ritmo frenético de redação de jornal. Portanto, queridos amigos de mesa, prometo que vou fazer um esforço para tentar colocar aqui o máximo de notícias que me mandam.
Optei por degustar a vida mais devagar. Quero comer pelas beiradas, saboreando cada garfada. Outra coisa: não pretendo perder a essência deste blog, um diário íntimo, porém compartilhado.
Por estas palavras não recebo salário. Para elas, também não há patrão. Sou dona da minha própria 'viagem'. Êêeeeee!
Tenho até rede no escritório, caso o corpo necessite de siesta.
Esse discurso todinho, que talvez só interesse a mim, é para dizer que neste espaço escrevo o que minha boca fala ou sente sobre sabores formidáveis e também amargos demais. Não se assustem: posso ser doce, como também ácida.

Texto solto, língua solta. Censura?

Aí, para escoar esse caralhau de notícias, resolvi criar mais um tag: Pequenas porções. Neles, estarão notinhas informativas, com novidades vindas de assessorias de imprensa, chefes, cozinheiros e companheiros balconistas.
Se não gostar, meta a colher!

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Mais tarde publico algumas novidades (pelo jeito, só com dicas para o Dia das Mães, que, aqui pra nós, lotaram minha caixa de entrada!)