Tô remoendo este post desde cedo. Normalmente fico assim quando quero escrever sobre algo que admiro. Fico juntando adjetivos positivos e acabo protelando até a última gota.
Pois bem. Ontem tive um almoço muitíssimo agradável regado por tacinhas de branco e rosè no Café Porteño, Espinheiro.
A casa comemora este mês dois anos de funcionamento e de um casamento muito massa, entre a criatividade do chef Leandro Ricardo e do capricho visual e de concepção da sócia-proprietária Bruna Oliveira.
Para quem ainda não conhece, o ambiente é aconchegante, pensado em cada detalhe. Pode atrair desde o meu pai, um cara mais tradicional, até eu mesma, que adoro me entornar em vinhos com ótimo custo benefício e me deliciar com um bom filé. No fim, a conta é honesta. Supreendentemente barata para quem faz farras gastronômicas nos recintos requintados da cidade e perfeita para mim, uma jornalista lisa, como a maioria dos colegas. Todos satisfeitos.
Pois bem. No almoço de ontem comemos pra caramba, claro! Leandro, ia mandando o garçom soltar os pratos enquanto perguntava aos jornalistas presentes na mesa quais os seus pratos de infância. Toda vez ele faz isso. Uma mania de comfort food danada! E eu adoro!
Flávia: bolinho de feijão, arroz e farinha amassados na mão pela avó e melados no molho de carne.
Eu: feijão preto da minha avó Nilda, com arroz carioca no alho e sardinha frita.
Diogo: Bacalhau, de muito
Do resto, não lembro...
Oxe, que oba, oba besta para entrar nos dez pratos novos do Café Porteño!!
Para pontuar, o Café Porteño nasceu da ideia de trazer ao Recife um pedacinho saboroso da Argentina. O primeiro cardápio que Leandro montou surgiu com referências da América Latina. No segundo, ele partiu para o México. Agora, ele traz um sotaque espanhol para as novas delícias.
Vamos lá!
De entrada, veio o Gambas al torrontés, que são camarões ao vinho branco e salsa barbacoa dentro do pão ciabatta crocante com batatas paysanne.

Também teve uma linguiça meio picante, envolta de massa folhada (que não estava muito crocante - porque, segundo os entendidos da mesa, é difícil dar o ponto ideal em massa folhada no nosso clima).
Prato principal: A maioria ficou com a La Playa e La huerta (R$ 21,90), uma opção light do cardápio com filé de peixe.

Outros pediram o Tournedor Faena (R$ 21,90) , um filé alto assado em crosta de parmesão crocante com tortila porteña. Experimentei um pouco do vizinho, mas achei o filé dele passado demais. Prefiro ao ponto, mas puxado para mal passado. A tortilha estava boa.
Eu e Bruna, a proprietária e designer (que por conta disso faz os releases mais caprichados visualmente desta cidade *) fomos de paella, batiza de Mariñera Pinzón. Porção para dois, por R$ 34,90. Estava gostosa, leve, mas ainda prefiro aquelas paellas bem condimentadas.

Um brinde e vida longa ao Café Porteño! Tim tim
SERVIÇO:
Rua da Hora, 712, Espinheiro.
domingo a sexta, das 12h às 23h e sábados das 16h às 23h.
Tem manobrista.
Tem também área externa (que começou como um simples quintal decorativo e agora é o espaço mais disputado nas noitadas do restaurante)
Sim! Tem também música ao vivo, com tango às terças-feiras.
* O restaurante foi premiado pelo 3º Salão Pernambuco design como Melhor Identidade Visual do estado!