quarta-feira, 30 de abril de 2008

O bacalhau de Rafael

Rafael Chamie é um cozinheiro dedicado. Vai para cozinha pelo prazer de criar e servir. Há algum tempo ele tem salvado os almoços de quem trabalha em Santo Amaro. Em seu Capitão Lima, capricha nos preparos com ingredientes diferenciados e bola pratos do dia.
Agora, toda QUARTA, ele faz um bacalhau empanado (R$ 16,50). Ainda não provei, mas deve ser gostoso que só (como as demais coisas que saem daquela cozinha).

Para petiscar, não deixe de pedir o Tropeirinho Azuki (um tropeiro levemente apimentado, feito com feijão azuki). É prata da casa!


Rua Capitão Lima, 102, Santo Amaro. F: 3222-5344.

foto: Beto Figueiroa/ Aurora

Rodízios de sushis: tá tudo osso!

Ontem, por volta das 23h, entrei no ZEN (Rua da Hora, Espinheiro) para comer um sushizinho básico. O lugar, diferente de muitos restaurantes nipônicos, oferece rodízio com pratos feitos na hora. No salão, só uma mesa com 4 pessoas (que já estava quase terminando) e eu e meu amor em outra. Pois bem, pedimos uma missô (que por sinal estava boa) e uma porção de tekamakis. O pedido veio errado. A água com gás também foi esquecida pelo garçom (evidentemente, a fim de largar logo do serviço). Veio outro garçom e arrancou o prato errado da mesa, meio indignado com o colega (e eu com isso?). Nem ao menos perguntou se gostaríamos de provar a iguaria.
Chegaram os primeiros sushis e o arroz estava molhado demais.
Comemos tudo. Era a fome. Quando íamos fazer a segunda rodada de pedidos, o garçom diz que a cozinha está encerrando às 23h30. No nosso relógio eram 23h20 e no dele 23h25.
Tudo bem que tem horário para encerrar, mas não é indelicadeza demais com os únicos clientes presentes no restaurante? Não dava para estender o prazo pelo menos mais 10 minutos? Não há formas de agradar o cliente, fazer com que ele volte sempre?
Comemos os últimos sushis com os garçons literalmente passando a vassoura. Cheirinho de Veja Multiuso no ar. Até a música do restaurante desligaram.
Fico p. da vida com isso!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sabores da América Central e Caribe



O bar El Chicano, no Parnamirim (que por acaso tem uma decoração que me agrada muitíssimo, cheia de penduricalhos), lançou um festival com iguarias da América Central e do Cabibe. A consutoria é de Maurício Crippa.
Experimentei cada uma delas. A maioria acompanhada com molhos apimentados, que amo. O lugar é perfeito para bebericar e petiscar.
Vão abaixo os seis pratos. Escolha o que mais se encaixa ao seu paladar:

- Pastéis da Jamaica (carne bovina picada marinada com rum, pimenta da Jamaica, gengibre, tomilho, cúrcuma refogada com cebola, alho, tomates, cebolinha e salsa);

-Camarões Borrachitos de Cuba (camarões inteiros, marinados com suco de limão, louro, pimenta da Jamaica, pimenta do reino, vinagre de vinho, refogados no azeite com cebola e flambados com rum);

- Colombo de Porco da Martinica (Lombo suíno em cubos, marinado com vinagre de vinho, vinho branco, azeite de oliva e cravo-da-índia refogado com cebola, alho, berinjela, abobrinhas e batatas temperadas com pó de Colombo).

- Carne Quezalteca da Guatemala (carne bovina e lombo suíno temperados com vinho branco, canela, cravo-da-índia, pimenta da Jamaica, açúcar mascavo refogado com cebola, tomates, passas, castanhas, azeitonas e bananas);

- Peito de Frango com Molho de Coco e Curry da Costa Rica (filé de peito de frango, temperado com pimenta do reino e molho inglês, salteado com gengibre, pimentões, cebola e champignons ao molho de leite de côco e curry)

- Pastel de Frijoles Y Carne de El Salvador (pastel com massa de milho, recheado com creme de feijão, carne bovina picada, tomates, cebola, pimentões e queijo).
Rua Sabastião Alves, 45, Parnamirim. F: 3269.5311

La Pasta Gialla com novo menu


A grife La Pasta Gialla, do chef Sérgio Arno, renovou o cardápio nas suas nove franquias, inclusive no Recife. Com sabores mais acentuados, o menu conta com a presença de ingredientes como ragú de cabrito, mortadela, carne seca e calabresa, além das novas bruschettas, referências da casa. As opções de carnes foram incrementadas com baby beef grelhado ao molho de ervas e com o cabrito assado lentamente ao vinho branco com brócolis e batatas ao alho, bacon e alecrim. Para quem prefere frutos do mar, Arno criou o bacalhau com batata palha e arroz de brócolis, além de dar vez ao tradicional camarão ao leite de coco e tomate com arroz branco. O La Pasta Gialla mantém serviço exclusivo de vinho em decanter em 250, 500 ou 750ml e conserva as bebidas em adega climatizada.


A bruscheta da foto é de salmão defumado e pupunha.


Rua das Graças, 105, Graças. F: 3221-9846.

Pernambucano ministra curso de cachaça na Alemanha

O conhecimento e prazer deo engenheiro Jairo Martins ao falar de cachaça conquistou a cidade de Munique, na Alemanha. A Münchener Volkshochschule, uma espécie de universidade do saber, convidou o executivo pernambucano para ministrar essa semana o curso Cachaça und Caipirinha: Kultur und Genuss aus Brasilien (Cachaça e Caipirinha: cultura e prazer do Brasil).

Para Jairo Martins, autor do livro Cachaça: o mais brasileiro dos prazeres, que mora e trabalha em Munique, o objetivo do curso é divulgar a cachaça como autêntica bebida brasileira e disseminar para a população européia o conceito da bebida artesanal, desde a produção da cana até o consumo como aperitivo e digestivo, além da caipirinha. "A cachaça tem potencial para estar presente nas cartas de bebidas de restaurantes e bares de todos os gêneros", acredita.

domingo, 27 de abril de 2008

Paella deliciosa


A Confraria do Mar, bar na Encruzilhada que costumo frequentar para tomar uma cervejinha gelada e comer delícias com camarão, faz aniversário este mês (oito anos). Para comemorar, o gourmet e dono do estabelecimento, Marcelo Wanderley, criou com o chef da casa, Kiko Laporte, uma Paella comemorativa. O arroz é cozinhado e seca na panela de ferro fundido junto com os frutos do mar, pedaços de frango e lingüiça. Lá, eles usam açafrão de verdade, que não é a curcuma (ou açafrão da terra, como chamamos por essas bandas). Custa R$ 29,90 e alimenta bem duas pessoas.

Provei e gostei!


Rua Frederico, 82, Encruzilhada. F: 3242.1996.
foto: Beto Figueirôa/ Aurora

Cinco sentidos - a camisa

Na próxima terça, Edgard Homem lança na Avesso, de Cris Pontual (Av. Rui Barbosa) a camisa do festival Cinco Sentidos.
Um coquetel para convidados e, com certeza, cosinhas gostosas para se comer. "Vai ter som do Dj Pepe Jordão, arranjos da Maria Fulô, bufê Letícia Antunes, luz de Mano Som, enfim, tudo bacana, mas para uma galera restrita."
Vou lá provar e depois dou o pitaco.


Desculpas
Obs: Peço desculpas às pessoas que têm entrado neste blog e não têm visto postagens novas. Tenhos meus motivos: estou grávida e comidas andam me dando engulho, pode? Tenho evitado sair para comer e só em pensar num refogado me enjoa. Frescura? É não. Sério mesmo. Mas vou começar a escrever coisinhas, nem que sejam minhas recusas, como a que tive por um bobó de camarão que me ofereceram hoje. Sem cometários, porque não arrisquei, mesmo amando a iguaria.
Tomara que passe logo...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Almoço à beira-mar

Experimentei ontem algumas opções de almoço individual que começou a ser servido pelo Alphaiate esta semana. Confesso, fiquei surpresa. Primeiro porque nunca me apeteceu os olhos aquelee restaurante - sei lá, acho o ambiente nem colorido, nem formal... esquisito... Mas vi que era besteira minha. Tenho essa coisa de fazer avaliações precipitadas (que são para mim mesma, não saio divulgando por aí não!).
Pois bem, fiz uma degustação com Isabela, Felipe e Leo, todos da Make (assessoria de imprensa). Quatro pratos rodados na mesa como escravos-de-Jó. Cada um comia um pouquinho e rodava. A brincadeira nos rendeu deliciar um camarão com arroz de polvo, uma tilápia com risoto, um filé ao molho de vinho do Porto (o único que não levantou suspiros) e, o campeão de sabor (pelo menos para mim!), o Cabrito à moda do Biu.

Trata-se de um cabrito assado, salteado com amêndoas e acompanhado por uma salada bem colorida. Estava divino e aconselho, não só porque é bom, mas também pelo preço justo (R$ 14,90).

Sobremesa- Caso resolva partir para a sobremesa após o almoço, não arrisque encarar o a empreitada sozinho. Pedimos um petit gateau, que simplesmente vem num prato de sopa (imagine o tamanho!) e um abacaxi em rodelas com calda quente de laranja e licor (só consegui comer uma rodelinha...). É de encher o bucho!
v. Boa Viagem, 2º Jardim. Fone: 3465-7588

Dona Carolina: a nova dos Dias

Mais uma do grupo Dias: bem em cima do Alphaiate, no 2º Jardim de Boa Viagem, Licínio finaliza a reforma do Dona Carolina. Parece que a proposta será de petiscaria, com preparos que poderiam muito bem compor pratos de refeição, mas que serão servidos em pequenas porções. Degustação rápida com receitas bem elaboradas. Bem, foi isso que entendi dos assessores do grupo, que não passaram mais detalhes. Vamos aguardar.

Copo Americano - Por que fechou as portas? Explica-se que que foi por conta de uma solicitação da prefeitura do Recife em que os proprietários teriam que alterar a entrada do bar. Lula e Licínio investiriam alguns bons reais para fazer a reforma da casa alugada na Rui Barbosa. Nas contas, não valeria a pena. Mas como eles não perdem tempo, já estão com o Dona Carolina a caminho.

domingo, 13 de abril de 2008

Feijoada justa e gostosa

Aos domingos, tem um lugar que amo ir com a família. A Dobradinha do Gordo, na Torre, me faz lembrar dos tempos de infância nos botequins do Rio de Janeiro, com suas paredes azuleijadas e detalhes em madeira. Além do mais, o preço é ótimo. Eu, Beto e Tom devoramos uma feijoada completa e ficamos satisfeitos com os R$ 17,90 pagos. Também gostamos de complementar o paladar com a carne-de-sol de porco, muito gostosa. Hoje, com outras pessoas da família, pedimos ainda uma carne-de-sol bovina, mas não estava tão boa quanto a de porco. Para petisco, fica por R$ 12. Os garçons, de gravata borboleta, dão tempero especial ao almoço, sempre atenciosos.

Enquanto almoçávamos, os amigos Márcio Markman e Geyson Magno entraram para pegar a encomenda. O caldeirão de barro saiu de lá lotado de feijão para alimentar os rapazes do "campeonato de futebol de botão".



Toda vez que vou lá, também lembro da amiga Mariana Lacerda, que quando criança ia muito ao Gordo com o pai, Chico. É um jeito delicioso recordar.

Rua J. Bonifácio, 611, Torre. F: 3446-7000

terça-feira, 8 de abril de 2008

Nez: presta ou não presta?

O Nez Bistrô (se pronuncia , nariz em francês), na Praça de Casa Forte, participa também do Brasil Sabor 2008. O prato criado pelas chefs Taciana Teti e Lícia Maranhão para o festival é o Filé ao Bacco (na foto de Eudes Santana). Não experimentei (ainda), mas estive lá numa coletiva de imprensa no mês passado e comi um fabuloso nhoque com osso buco desfiado. Estava realmente bom e fiquei surpresa com a opinião de um colega de redação sobre a cozinha do restaurante. Ele disse que experimentou um risoto de alho poró e camarão que estava "muito ruim" e que a bruschetta de lá é "terrível". Bem, não comi nenhuma das duas iguarias citadas, mas concluo que todo restaurante deve passar por isso: desagrada uns e agrada outros. Preciso ir mais vezes para tirar a dúvida!

Ah! O Nez conta no piso superior com uma adega bem legal, da importadora Zahil.

81 restaurantes no Brasil Sabor

Amanhã tem início mais um festival Brasil Sabor. O evento é realizado pela Abrasel e consegue reunir mais de 1500 restaurantes do país, que se empenham para criar pratos exclusivos para o evento. Esta será a terceira edição e, só em Pernambuco, 15 novos restaurantes aderiram ao roteiro. No total, 81, incluindo alguns de cidades do interior.
Vale experimentar as novas criações para o festival e perceber o quanto os nossos restaurantes estão evoluindo tanto em sabor quanto em apresentação dos pratos.
Até 11 de maio.
Confira os participantes e suas receitas no http://www.brasilsabor.com.br/

Pomodoro com frutos do mar

Cheio de idéias, o chef Duca Lapenda deu uma incrementada em seu enxuto cardápio do Pomodoro Café, Pina. Ele agora investe em "sabor de maré", sevido em panelinhas (Speciale en Padella). Comi um delicioso arroz asiático cozido em açafrão e molho de frutos do mar. Molhadinho, suculento.
Comecei a escrever do meio pro começo, mas não tem nada não, em blog pode. Na entrada, Duca apresentou a Mozzarela Alla Neroni. Trata-se de bolinhos de mussarela de búfala empanados e montados sobre molho de tomate especial. Esse molho de tomate do Pomodoro Café, aliás, é divino com qualquer coisa!

A sobremesa nova é simples, mas atende bem ao paladar recifense: creme de goiaba e queijo com outro algo que não consegui identificar. Chama-se Cappuccino Romeo e Julieta.

Sentamos na parte nova do restaurante. Um terracinho muitíssimo simpático, criado por Zezinho Santos. Adoro ladrilhos hidráulicos, e os P&B que ele jogou na parede lateral ficaram fantásticos

Duca Lapenda contou tantas novidades que este post ficaria grande demais. Direi depois em outros, tá?
Rua Capitão Rebelinho, 418, Pina Telefone: 3326-6023
foto: Jaqueline Maia

Com cuscuz fica melhor

Sábado passado, como já havia anunciado aqui, recebi quatro grandes amigos em casa. Eles comeram a reinvenção do molho Marabiza, da Osteria Fornareto (veja um dos posts abaixo). Pois bem, o molho de carne caiu bem com penne. Mas, no dia seguinte, principalmente para quem cozinha, a comida fica muito melhor. Rimei o preparo que leva muito vinho malbec com cuscuz marroquinho. Foi um almoço especial para dois.



Ah! Na noite de confraternização tomamos um JP Chenet Cabernet-Syrah. Um vinho francês de garrafa muito legal, com gargalo tronxo. Francês sim, mas da próxima vez vou dizer à minha amiga que o trouxe que invista os R$ 21 num chileno. Fraquinho, fraquinho de aroma e sabor.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Pizza com borda de gergelim

Já vimos demais no Recife pizzas com borda de catupiry. Outro dia comi uma com borda de gergelim. Foi na Manjare, uma pizzaria que abriu em dezembro no Espinheiro. Lá, eles também servem com borda de peperoni. Mas a de gergelim branco dá um sabor marcante à pizza de massa fininha, feita no forno à lenha.
A casa ainda não ajustou a iluminação (é muito claro!), mas o crepes também são legais e os preços não assustam. Vale a pena conferir.





Rua do Espinheiro, 547, Espinheiro. // F: 3426.4201

Para ir a dois com ou sem dinheiro

Há momentos na vida comemoráveis, em que não se mede muito o investimento. E o Chiwake, restaurante peruano no Espinheiro, é perfeito para essas ocasiões. Tudo bem, lá é caro pra cacete. Uma entradinha custa em média R$ 36. Mas não pense tanto nisso, afinal você certamente estará frente a frente com uma das cozinhas mais elaboradas da alta gastronomia recifense. Sm medo, passe o cartão.

O lugar recebeu consultoria de Simone Bert (Wanchako, Maceió -AL) e atualmente a cozinha é comandada lindamente pelo proprietário e (agora chef) Aníbal Fernandes. Ele e sua mulher, Manuella Lisboa, também mantêm há lguns anos os dois Expresso Sushi, de Porto de Galinhas.
Entre, sinta o aroma de canela. Sente-se, deleite-se com o bom atendimento de Ceará, um dos melhores garçons dessa cidade e deguste devagar cada pedacinho.

Não deixe de experimentar o ceviche de lá. Fatias de peixes ao natural regados com limão e sobrepostos em fatias de batata doce.

PS: O cabeçalho deste blog foi criado em cima de foto de um dos pratos do Chiwake. Ciques de Beto Figueirôa.
Rua da Hora, 820 Espinheiro - Recife - PE Tel: (81) 3221-1606

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O melhor bode assado da cidade

Sem as pompas estruturais do Entre Amigos (Rua da Hora, Espinheiro), que exibe mesinhas de madeira, garçons bem vestidos e manobrista na porta, o Bode Dourado é a minha dica. Fica na Encruzilhada, embaixo da marquise de um prédio bem ao lado do Tepan. O ambiente é simples, sem frescura.

Quem serve o tal bode dourado é Cabeça Branca, apelido carinhoso dos clientes ao dono do estabelecimento. Cabeça também não é nenhum gentleman e, boa parte das vezes, está de mau-humor. Mas o que deixa apagar todas essas "coisinhas" é o bode assado que Gil, a mulher dele prepara. Divino. A carne é molinha, desfia fácil, derrete na boca. A cerveja é gelada e o preço não é tão baratinho assim, como sugere o ambiente. Digamos que um casal deixa por lá uns R$ 40 (com duas cervejas e um refrigerante). Peça como acompanhamento o pirão de bode. Vale a pena.


Rua Doutor José Maria, 217, lojas 9 e 10, Encruzilhada. F: 3428-8889.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Leitor que mete a colher

O jornalista Lula Portela deu a sugestão, logo acatada. É ele quem abre este novo marcador de DeGustAÇãO do BLOG da GASTRÔ: Leitor que mete a colher.
Ai vai o post. Mande também suas experiências, com foto ou não. Espero que essa bricadeira vire hábito.

Alho pra... caramba

Oi, Aline, sabe um lugarzinho muito bom que eu fui dia desses? O Bar de Vera, logo alí, no Pina. A dona da casa é cozinheira de mão cheia e comanda de perto as bocas do fogão. O prato mais famoso é o Rosbife ao Alho. E bote alho nisso. A peça de rosbife alta vai ao forno também com batatas, cebolas e tomates. O prato era bem conhecido lá do Recife Antigo, onde Dona Vera tinha o seu bar na Rua do Apolo. Bem recentemente eu descobri que ela tava na rua em frente ao empresarial JCPM. Outra coisa que eu comi por lá e que não é tão fácil de se encontrar foi o Siri Mole. Também com alho pra... caramba. Nada melhor pra acompanhar uma cerveja gelada. Ou várias.
bjs, Lula





Garçons-irmãos

Queria inaugurar logo este marcador do BLOG da GASTRÔ: Amigo garçom.
Numa cidade de boas comidas e péssimos atendimentos, quando aparece um garçom atencioso é como se a refeição ganhasse mais tempero.

E, quando penso em garçom no Recife, vem logo a imagem dos garçons-irmãos Rodrigo e João Paulo. Acho que sem eles o Burgogui, restaurante coreano no Espinheiro que adoro, não teria tanta graça.

Vai pra eles este post.

...
Ah! A carne de lá não é de cachorro.

A la Marabiza

Não tenho foto. Mas a farei com certeza no próximo sábado. Vou receber amigos especiais com uma reinvenção de um dos pratos mais marcantes, pelo menos para mim, dos últimos tempos. O sabor do A la Marabiza, da Osteria Fornaretto, em Boa Viagem, é divino. Carne temperada em especiarias, marinada no tinto, com coxão mole cozinhado em pressão até desfiar. Esse molho, que é tradicional na família da cozinheira Marisa, vai com penne ou nhoque, este último sugestão dela.

Tentei imitar o inimitável e surgiu algo tão bom quanto. Será por um tempo cartão de visitas aqui em casa. No preparo, usei Malbec. Não sei que vinho Marisa usa.

Ribeiro de Brito, 597, Boa Viagem Telefone: 3326.9191 e 3467.5088

PS IMPORTANTE: A Fornaretto não cobra taxa rolha. Leve seu vinho.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Castegliani de novo

À tarde fui degustar algumas criações da cafeteria. Ir lá vale tanto quanto um bom filme na Fundação. Provei a bebida feita com hortelã (postada no post abaixo). Tem sabor forte, tanto que aconselho que seja tomado só. A cor é bonita e os pedacinhos de chocolate submersos na espuma dão um toque legal.
Lá o cappuccino não leva nem canela, nem açúcar. É servido como os italianos costumam tomar.
Beberiquei também um pouquinho de uma mistura de sorvete de creme, ovo maltini e um segredo especial, que Leonardo Lacca, barista e proprietário, não divulga nem a pau. Agora, esqueci o nome, mas em blog 'pode'.

Por fim... foi o sanduíche o melhor da tarde (gosto de café, mas na fome prefiro sanduíche).

O nome dele é Luigi. Pão sírio por fora, pepino agridoce por dentro, atum, gergelim torrado, cream cheese e um molho azedinho. Um sanduíche meio nipônico. Come-se com o garfo. Custa R$... menos de 9. Depois confirmo.

Rua Henrique Dias, 609, Derby, 1º andar da Fundação Joaquim Nabuco. De terça a domingo, das 15h às 22h30. F: 3073-6683

Estômago

Estou doida para assistir o filme Estômago, primeiro longa do diretor Marcos Jorge. Foi lançado em 2007, já recebeu premiações expressivas e chega por aqui ainda este mês (não sei em que salas). Dêem uma sacada no trailler. http://www.estomagoofilme.com.br/







Para quem gosta de filmes que envolvam comida no enredo, outra dica é A garçonete (Waitress, EUA, 2007). O filme fala de uma mulher presa num casamento infeliz que vislumbra uma vida melhor enquanto pensa em receitas de tortas. Agradeço a Rafael Dias, um dos jornalistas gastronômicos mais competentes desta cidade, que me deu o DVD de presente.

Neste calor, que tal um cafezinho gelado?

Não só bons filmes atrem pessoas à Fundaj, no Derby. Bem ao lado da entrada do cine, o Castigliani Cafés Especiais sugere variedades de preparos com o pretinho de teor tão nacional. Este mês, o espaço comemora aniversário e colocou no cardápio 10 novos itens (entre quentes, gelados e sobremesas).
Estive lá na semana retrasada e experimentei um cafezinho simples, com sabor bem apurado. As bebidas são preparadas com grãos 100% arábica, ou seja, selecionados, de primeira qualidade.

Os proprietários e baristas Leonardo Lacca e Nara Oliveira investem em criações criativas e exclusivas. Na foto, o Capiello (R$ 9,90), um refrescante mix de sorvete de menta com pedaços de chocolate. Delícia!
Rua Henrique Dias, 609, Derby, 1º andar da Fundação Joaquim Nabuco. De terça a domingo, das 15h às 22h30. F: 3073-6683

Para quem quer engordar


A Deli Doces realiza no mês de abril um festival intitulado Explosão de sabores. A assessoria de imprensa da casa, formada por uma equipe de moças que são uns "doces" (humm, que trocadilho barato!), mandou a sugestão de pauta. Na verdade não entendi bem o porquê do festival, já que o negócio da Deli é mesmo tortas, salgados e tal.

Mas tudo bem. Sei como são necessárias essas estratégias para se ganhar mídia e reconheço todo e qualquer esforço para se conseguir espaço nesse mercado tão concorrido.
Então, vamos ao que interessa: os doces. Tem torta de maracujá (foto), limão, rocambole de morango, chocolate e várias outras gostosuras que devem passar bem longe de quem faz regime.
FOTO: Vinícius Meire/ Alisson

Há filiais em Casa Amarela, Prado e Boa Viagem. Vai aí o telefone da matriz, na Caxangá: 3328.7001.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Degustação no Raval

Amanhã tem mais uma 4ª dos Vinhos no Raval Bistrô, Graças. Edson Rosas prepara um menu especial para harmonizar com vinhos escolhidos pelo francês Christophe Playoust, da loja Pontevino. Há alguns meses a loja está instalada na mesma casa do Raval. A dupla tem feito combinações bem elogiadas. Ainda não experimentei, mas qualquer quarta dessas apareço por lá.

A primeira quiche

Aspirantes recifenses a chefs terão uma missão bem interessante este mês. O bar e cafeteria Le Brésilien, na galeria Joana D´arc, Pina, promove o festival Minha primeira quiche. O concurso funciona da seguinte forma: estudantes de gastronomia devem bolar receitas originais para essas tortinhas salgadas, muito comuns na cozinha francesa, mas de origem alemã. Vale reinventar a massa e o recheio. Para inspiração, os participantes terão a tradicionalíssima quiche Lorraine, preparada pelo chef Robson Lustosa, do Le Brésilien.
Cada faculdade tem sua dupla representante. Suas criações serão julgadas no dia 17 de maio e, ao fim, receberão um conjunto de facas da Tramontina. Além disso, pode ser que as novas quiches entrem no cardápio do Le Brésilien, "dependendo da aceitação do público", segundo o restauranter Georges Thévoz.

Participam as faculdades FBV, Universo, Senac, Maurício de Nassau e UFRPE.

Le Brésilien - Galeria Joana D´arc (Av. Herculano Bandeira, 513, loja 13, Pina). // F: 3326-1879

BLoG da GasTrô: mais de 100 acessos nas primeiras horas de vida


Há tempos queria fazer um blog desse tipo. Compartilhar experiências gastronômicas e dar vazão à quantidade de informações que chegam diariamente na minha caixa de e-mail. Esperava que seria bem visitado, mas confesso que fiquei surpresa ao conferir que nas 12 primeiras horas de existência o BLOG DA GASTRÔ teve mais de 100 acessos.
Tim Tim!

Para comer muito camarão

O chef francês François Schimit, que mora no Brasil desde 1988, é consultor do bar Camarada, em Boa Viagem. Esta semana, o lugar passará a funcionar com almoço a la carte. As porções dão para duas a três pessoas se servirem com fartura.
Experimentei na semana passada um prato que levava o crustáceo com shitake fresco (dos grandes) ao molho de creme de leite e vinho branco. É acompanhado de um bem cuidado arroz à grega e purê de batatas gratinado. Não sobrou nadinha na caçarola. Estava delicioso e indico sem medo de errar.
Em horário de almoço, as portas do bar se fecham para que o ar-condicionado seja ligado.


Na ocasião, conheci Fronçois, um chef-surfista, de bem com a vida, morador da paradisíaca praia da Pipa (RN) e que passa seu bem-estar para a comida.

Rua Baltazar, 130, Boa Viagem (pela Conselheiro Aguiar, entra à direita na esquina do restaurante Soho). F:3463-7874.

O dia da mentira também é dia do tomate

Pois é, esse fruto apreciado no mundo todo tem dia certo para ser comido. O motivo, não me perguntem. Só sei que vi isso num desses livros que marcam datas comemorativas. Se é verdade ou não, não pude deixar de registrar e sugerir o molho de tomate feito por Francesco Carreta, da Trattoria Don Francesco, em Olinda.

Além de chegar à mesa acompanhando o tagliatelli que ele mesmo prepara, também é embalado à vácuo, prontinho para ser degustado em casa. Divino.

Fica da Rua Prudente de Moraes, Sítio Histórico de Olinda. Fone: 3429.3852.

Ai... ia me esquecendo. Marcus Herdle, o alemão que aparece num dos posts abaixo, faz uma salada de tomates maravilhosa, que cai muito bem com churrasco. É simples: corte o tomate em fatias finas ao comprido e tempere com alho machucado, cebola ralada, pimenta-do-reino, salsa, mostarda, azeite, vinagre e sal a gosto.

Festival enogastronômico

O Club do Vin, em Boa Viagem, realizará em todas quintas-feiras, até o final de abril, uma experiência enogastronômica fascinante. Vinhos escolhidos pelo sommelier Marcos Nascimento são harmonizados com menu francês contemporâneo criado pelo chef Hugo Prouvot. A cada semana serão servidos entrada, prato principal e sobremesa, numa combinação inusitada e muitas vezes ousada. É uma ótima oportunidade para quem quer conhecer diferentes rótulos e saber suas potencialidades diante de quitutes divinos.

Na desgustação para imprensa, particularmente me encantaram duas combinações de pratos principais. O Filé de robalo em crostas de ervas, camarão seco, lasanha de abobrinha, cenoura e palmito ao molho confit de acerola com o Classic Chardonnay 2006 - Viña Carmem. Muito aromatizado, suave e marcante. O vinho branco não deixou a desejar aos tintos da noite. A goiaba fica presente no palato e no perfume. Na boca permanece também abacaxi.




O entusiasmo veio com o sul africano Porcupine Ridge Cabernet Sauvignon 2006. Surpreendente. Intenso como todo vinho desta uva, na boca aparece amanteigado, suave com um merlot. Cresceu em sabor quando acompanhado pelo Coração de filé mignon ao molho de pimenta verde, fricassé de shitake e tomate cereja com batatas boulangere ao estragão.





O menu por dia ainda não está no site da casa (www.clubduvin.com.br), mas, acredito, pode ser repassado por telefone. 3326-5719. Rua Solidônio Leite, 26 (esquina com Conselheiro Aguiar).